COCO CHANEL

"Uma mulher deve ser duas coisas: elegante e fabulosa". (Coco Chanel).

O corte na altura dos ombros faz parte do legado.
Gabrielle “Coco” Chanel faleceu no Hotel Ritz Paris em 1971, em um domingo, aos 87 anos, e relembrar sua trajetória é reafirmar sua contribuição imprescindível à atual identidade feminina.
Se mulheres com os mais variados estilos de vida, de Madonna e Hillary Clinton a executivas da Avenida Paulista, usam roupas justas e que revelam as curvas, cortam os cabelos e usam ternos, e se estas mesmas mulheres desempenham papéis antes masculinos e são donas de seus destinos, é graças à ruptura promovida por diversas mulheres, em vários setores,  dentre elas, Coco Chanel, ao longo do século XX.

“Uma mulher precisa de apenas duas coisas na vida: um vestido preto e um homem que a ame”  Coco Chanel


É apenas em 1926 que Chanel lança o grande símbolo de sua maison, o “pretinho básico”. Trata-se de um vestido reto, com mangas ¾, em crepe da China, que transforma a moda e a silhueta feminina: naquela época, o preto era usado exclusivamente por pessoas em luto; assim, a inovação da estilista representava um escândalo, além de um estrondoso sucesso comercial. Se as formas da mulher haviam desaparecido, a feminilidade, por outro lado, conservava-se através de acessórios e bijuterias, que a Mademoiselle incentivava – desde os colares imitando pérolas até braceletes com motivos orientais, brincos em forma de animal ou crucifixos. O clássico do clássico. Foi através de Chanel que o pretinho básico se tornou peça chave, surpreendendo por sua versatilidade há tanto tempo.
Durante uma prova nos anos 60 com a atriz Romy SchneiderO tailleur de tweed foi eternizado pela estilista. Até hoje a peça aparece nos desfiles da grife e em muitos looks de fashionistas.
"Sou contra a moda que não dure. É o meu lado masculino. Não consigo imaginar que se jogue uma roupa fora, só porque é primavera.”  Coco Chanel


Em 1916, a escassez provocada pela Guerra é imensa; ao perceber que mulheres estão sendo solicitadas como mão de obra na indústria de armamentos, Chanel propõe um uniforme prático e confortável, aderindo à marinière (aquela blusa listrada de azul e branco, bem navy), até então usada exclusivamente como roupa de baixo masculina. Em 1918, a Mademoiselle, como era conhecida pelos íntimos, já estava entre as mais prestigiadas estilistas da Europa. No ano seguinte, após a morte de Arthur Capel, seu amante e, possivelmente, “homem da sua vida”, Coco se entregaria completamente ao trabalho; iniciando uma fase de grande criatividade.

A calça comprida foi copiada do guarda-roupa masculino. É indispensável no vestuário feminino na atualidade. “O conforto possui formas. O amor cores. Uma saia é feita para se cruzar as pernas e uma manga para se cruzar os braços.” - Coco Chanel


Coco Chanel eternizou o uso das pérolas. “A moda sai de moda, o estilo jamais”. - Coco Chanel