![]() |
foto: http://www.scabal.com/news_archive.php |
De acordo com a história, os alfaiates do Rei Sol – os melhores da Europa - tiveram a idéia de fazer a roupa básica do soberano, composta de casaca, colete e culotes, tudo no mesmo tecido. Três peças, essa é a origem da palavra terno,
Anne Hollander em sua obra O Sexo e as Roupas lembra que a moda é um fenômeno social e que as mudanças no vestuário são mudanças sociais também. Para ela, o poder da permanência da alfaiataria mostra a autoridade, a força simbólica e emocional dos valores de perpetuação. O terno tem um caráter abstrato e apresenta uma mensagem de continuidade formal que é profundamente satisfatório no mundo contemporâneo, por isso o seu não desaparecimento e a absorção também como traje feminino e o traje casual, o que trouxe transformações para seu significado social e sexual.
As três peças inseparáveis: paletó, colete e calça no mesmo tecido reinaram no guarda-roupa por um bom tempo no século XX. Ganhou versão sem colete e foi batizada de "costume" que emplacou pelos anos 90 e, no começo dos anos 2000, o "three piece suit" – o terno – voltou às vitrines pelas mãos de Stefano Pilatis para a Saint Laurent.
O terno está conectado ao ofício do alfaiate e à tradição da roupa feita sob medida, à qual é associado um valor de luxo e requinte que ultrapassa ao da boa aparência, valor este que se tornou o maior da cultura masculina contemporânea. Assim, os avanços tecnológicos da indústria do vestuário foram facilitaram ao longo dos anos a salvaguarda da boa aparência do terno masculino se mantêm no poder.
O terno foi eleito como o agente apropriado da beleza da força e da sexualidade positiva do homem urbano e por esse motivo introduziu-se a alfaiataria dentro das regras do design de moda, ou seja, um produto manufaturado em série, disponibilizado no comércio varejista em diferentes tamanhos, formas, volumes e padrões têxteis.
A base estética que deu origem ao ideal moderno de elegância masculina procurou imitar a elegância e a eficiência da natureza. Esta ordem define que os seres humanos sejam complementados por roupas.
Outro dado importante sobre a permanência da alfaiataria vem da história do vestuário, cuja evolução tem sido entendida como um dueto entre o traje masculino e o feminino. A extensão de seu uso para as mulheres mostra uma trégua na relação dos papéis e traz à tona a grande discussão da androginia através da moda.
A alfaiataria, usada pela mulher, é uma das grandes inovações da história da moda no séc. XX. Como roupa de mulher, o terno tailleur carrega consigo os mesmos valores de sensualidade e poder que estão agregados no traje como roupa masculina. E é esta a condição que mantém a alfaiataria no topo das questões históricas do vestuário.
![]() |
foto: http://www.scabal.com/news_archive.php |
A mudança na alfaiataria se deu na transferência do modo de fazer sob medida para o industrializado, que foi também a base da construção da roupa prêt-à-porter para ambos os sexos. Porém é na Alfaiataria Sob Medida que podemos corrigir diferenças de tamanho de ombro, arrumar proporções e criar uma linha mais harmônica para o corpo. É um luxo e glamour que são atemporais para homens que sabem o que é bom gosto e estilo. É aquele homem que entra na sala e conhece o seu diferencial, pois a sua roupa é exclusiva e foi elaborada de acordo com sua anatomia física e não um produto elaborado em série. "A Alfaiataria reúne métodos extremamente sofisticados na criação de uma peça, que possui finalização e caimentos perfeitos. Uma das características marcantes da Alfaiataria Sob Medida é a busca contínua pelo ajuste ideal da roupa ao corpo. O método respeita as medidas do cliente, pois diferentemente do método tradicional, que usa tabelas-padrão, as peças são confeccionadas exclusivamente para o comprador" (Guia Completo da Costura - Coleção Manequim).
Fontes: http://www.fashionbubbles.com/historia-da-moda/a-alfaiataria-e-o-poder-do-terno/
Fontes: http://www.fashionbubbles.com/historia-da-moda/a-alfaiataria-e-o-poder-do-terno/
http://oglobo.globo.com/blogs/lula/